Comix Zero solta a demo e um trailer explosivo com violência estilizada
Quem nunca sonhou em entrar dentro de uma HQ e quebrar a cara de vilões com as próprias mãos? Pois é exatamente essa a loucura que Comix Zero traz na sua demo recém-lançada no Steam, acompanhada de um trailer tão insano que parece ter saído direto das páginas rabiscadas de um caderno de escola, só que com litros de tinta vermelha escorrendo entre os balões. O jogo se apresenta como um “comixvania”, misturando pancadaria frenética, exploração e aquele tempero caótico que só um mundo que se desenrola como páginas de quadrinho poderia ter.
O anti-herói que esquece de viver
No comando está Zero, um protagonista que parece ter saído do fundo da gaveta de um cartunista preguiçoso. Ele é desleixado, sarcástico e, ironicamente, imortal demais para o próprio bem. Cada vez que morre, perde um pedaço da memória, como se as páginas da sua história estivessem sendo arrancadas à força. O que sobra é um herói meio amnésico, tropeçando entre piadas sem sentido e relações que desaparecem como rabiscos borrados pela chuva. É a típica tragédia cômica que só funciona porque beira o absurdo.
O traço que divide a galera
Visualmente, o jogo carrega aquele DNA noventista que grita Comix Zone de longe, com traços grossos, cores berrantes e quadros que parecem prestes a rasgar na tela. Mas não é unanimidade. Tem gente que já caiu de amores pelo estilo, como se fosse um pôster grunge emoldurado, enquanto outros olham torto e soltam comentários afiados, dizendo que é só um desenho animado disfarçado de game. É aquele dilema: arte ousada ou só uma capa bonita de revista empoeirada?
A porrada que não perdoa
A demo mostra um combate rápido e estiloso, cheio de combos que explodem como onomatopeias gigantes nas páginas. É uma dança caótica de socos, chutes e movimentos que exigem reflexo de felino e paciência de monge. A cada tentativa, você sente que o jogo tá rindo da sua cara, como se dissesse “vai, tenta de novo, eu sei que você não consegue largar”.
Uma HQ interativa ou só um rabisco genial?
No fim das contas, Comix Zero chega como aquele fanzine underground que de repente conquista espaço no rolê dos gigantes. É ousado, barulhento e cheio de personalidade, mas também corre o risco de ser mais lembrado pela estética do que pela diversão. Se você curte games que misturam humor ácido, nostalgia e páginas que se mancham de violência estilizada, mergulhar nessa demo pode ser um prato cheio. Mas fica o aviso: talvez o próprio Zero esqueça que você já jogou, e talvez esse seja justamente o charme.
Comix Zero vai chegar para as plataformas: Nintendo Switch, PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.
