Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge

Quando a música tema das Tartarugas Ninja começou a tocar eu senti um arrepio na espinha e me veio a lembrança de infância, sentado no chão da sala com um controle na mão.

TMNT: Shredder’s Revenge chegou como um tributo para todos que cresceram com Leonardo, Raphael, Michelangelo e Donatello. Lançado pela Dotemu junto com a Tribute Games em meados de 2022, o game traz de volta toda a essência de um clássico honrando não só a jogabilidade como a arte de seus predecessores.

Um Jogo Feito para Fãs

Esse é o tipo de jogo onde a gente percebe que ele foi feito por quem também cresceu jogando e amando as Tartarugas Ninja. A equipe da Dotemu já é conhecida por trazer de volta pérolas dos anos 80 e 90, como Streets of Rage 4, então é claro que Shredder’s Revenge não poderia ser diferente. Além disso, a Tribute Games, que tem um histórico sólido em jogos pixel art, cuidou para que cada pixel vibrasse nostalgia e estilo.

Mecânicas que Fazem Valer Cada Segundo

O jogo é um beat ‘em up clássico, mas, ainda assim, ele tem aquele toque moderno que mantém tudo divertido e interessante. A mecânica de combo e esquiva é tão fluida que me vi tentando aprender novos movimentos a cada batalha, enquanto esmagava Foot Soldiers em um ritmo que parecia quase coreografado. Joguei com Leonardo, mas cada Tartaruga possui suas próprias habilidades e estilos de combate, o que traz um elemento estratégico e incentiva o jogador a testar outros personagens para ver qual mais se adequa ao seu estilo.

Outro ponto alto é o modo cooperativo para até seis jogadores, que eleva a experiência a outro nível. Não existe sensação melhor do que chamar amigos para relembrar os velhos tempos. O modo multiplayer adiciona uma camada de caos agradável, transformando cada batalha em uma festa de nostalgia, e eu sentia como se estivesse revivendo aquelas tardes onde a diversão era a prioridade.

Curiosidades e Detalhes Apaixonantes

O jogo é cheio de pequenas referências que só quem conhece a fundo a história das Tartarugas consegue perceber. Desde os vilões clássicos até detalhes dos cenários, tudo foi desenhado com o propósito de acionar aquela memória afetiva. O fato de terem incluído personagens como April O’Neil e Mestre Splinter como jogáveis é uma grande adição. Nunca pensei que teria a chance de jogar com April, e vê-la lutando lado a lado com as Tartarugas é um dos pontos mais marcantes.

Outro ponto que vale mencionar é a trilha sonora. Composta por Tee Lopes, que trabalhou em Sonic Mania, a música capta perfeitamente o espírito dos anos 90, com faixas eletrizantes que combinam com cada batalha. O próprio tema principal é uma versão remasterizada do clássico que tocava na TV. É o tipo de som que faz você querer levantar e sair lutando com o ar.

Momentos Únicos: De Volta ao Passado

Talvez o momento mais marcante do jogo para mim seja a luta contra o Shredder. Ali, não é só um vilão para derrotar, mas um símbolo de todas as batalhas passadas, de todas as vezes que perdi e insisti em tentar novamente. Derrotar o Shredder era como vencer a própria infância, como se eu estivesse completando um ciclo que começou anos atrás.

Cada fase traz uma dose de saudade, um vislumbre de uma época em que a tecnologia era mais simples, mas as aventuras pareciam muito maiores. Os gráficos pixelados, o estilo 2D e as animações retrô não apenas fazem um tributo, mas tornam Shredder’s Revenge uma obra de arte nostálgica.